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Governo potencializa serviços de acessibilidade a parturientes no Estado

Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) tem disponibilizado à população de Alagoas os serviços da Central de Interpretação de Libras (CIL).  O órgão tem  promovido acessibilidade e atendimento especializado para pessoas com deficiência auditiva, surdas e com surdocegueira por meio da tradução e interpretação da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

De acordo com a secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Claudia Simões, a Central traz uma grande importância na vida de pessoas com surdez. “Ter acesso à comunicação é muito importante para todas as pessoas. E para a Pessoa com Deficiência isso não é diferente. A CIL trouxe a garantia desse acesso e o acolhimento humanizado para pessoas surdas ou com surdocegueira”, afirma Cláudia Simões.

Uma das pessoas beneficiadas por esse serviço foi a parturiente Deborah Barbosa, de 31 anos, surda e mãe do bebê Dalisson, nascido há pouco mais de quinze dias. “Quando vi o meu neném pela primeira vez, o amor foi muito grande. Tive uma imensa felicidade, assim como toda minha família. Acredito que a maternidade é um momento único. É quando paramos de olhar mais para nós e passamos a querer dar tudo de si para aquele ser tão frágil e inocente. Não consigo descrever esse amor”, relatou Deborah.

A maternidade pode até não ser um período fácil, mas traz felicidade a milhares de mulheres no mundo a fora. É neste momento que nasce não somente uma criança, mas também uma mãe. Durante esse período, as dificuldades podem aumentar quando a mãe é surda e não consegue ter acesso aos médicos por falta de comunicação e guia-intérprete.

Acompanhada pela Central de Interpretação de Libras (CIL) há dois anos, Deborah relata a dificuldade que tinha no acesso à comunicação com ouvintes, antes de saber da existência da CIL. “Eu sentia muita necessidade aqui onde moro, em São Miguel dos Campos, principalmente quando precisava ir ao médico, pois não tínhamos intérpretes de Libras. Mas quando me informaram da existência da CIL, minha vida mudou para melhor. Eu vi, realmente, a importância desse atendimento para poder facilitar o acesso à comunicação com os ouvintes”, completou Deborah.

O guia-intérprete, Ismael Alves, acompanhou Deborah diversas vezes durante esse tempo e esteve presente no dia do exame da triagem auditiva do bebê Dalisson, facilitando a comunicação entre a fonoaudióloga e Deborah. “É muito bom saber que posso contribuir para a comunicação do surdo com ouvintes. Vejo que a importância de um intérprete é muito grande nos acompanhamentos dessas pessoas. E nós acabamos criando uma relação de afeto e carinho com esse surdo, não é apenas uma relação profissional. Sinto-me realizado com essa contribuição”, comentou o guia-intérprete.

 

Durante a gravidez e, logo após a chegada de Dalisson, os acompanhamentos da CIL tornaram-se mais intensos por causa da realização de exames. A Triagem Auditiva Neonatal ou, simplesmente, “teste da orelhinha”, é um exame imprescindível para todos os bebês recém-nascidos que serve para avaliar a audição e detectar, precocemente, algum grau de surdez.

Como Deborah e o pai da criança são surdos, a chance de Dalisson nascer com deficiência auditiva era grande. No entanto, o diagnóstico constatou que ele escuta normalmente, mas precisará ser acompanhado por fonoaudiólogos durante os primeiros meses de vida.

Benefícios

O serviço proporciona um atendimento de qualidade, por meio dos serviços de tradução e interpretação; facilita o acesso dessas pessoas a órgãos públicos para usufruírem seus serviços, tais como: saúde, educação, segurança, além de interpretação de documentos e textos jurídicos; e ampliar a comunicação entre ouvintes e surdos são objetivos da Central de Interpretação de Libras.

Atualmente, a equipe da CIL é composta por seis intérpretes e um professor surdo. Para acessar os serviços, o usuário deve fazer um agendamento pelo número 3315-2132 ou de forma presencial. A CIL está instalada na Central da Mulher e dos Direitos Humanos, na Rua Augusto Cardoso, S/N, na Jatiúca.

 

Com Agência Alagoas 

 
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