Um corpo encontrado em avançado estado de decomposição em um local de difícil acesso, no Barro Duro, em Maceió, na tarde desse sábado (30), pode ser de José Maria Lopes, de 73 anos, desaparecido desde o dia 5 de julho. No local, havia documentos e pertences do idoso.
Com a confirmação da identidade do corpo, que vai depender de exames realizados pelo Instituto Médico Legal, o caso deixa de ser tratado como desaparecimento para ser investigado como homicídio.
De acordo com Erick Lopes, neto de José Maria, a família foi avisada do achado de cadáver ontem por volta das 19h e, em conversa com o delegado do caso, José Carlos, e funcionários do IML, foi comunicada que as características do local indicam que o idoso não chegou só até o lugar onde foi achado morto.
“O delegado nos falou que, pelos indícios, o corpo foi prostrado lá. É um local de difícil acesso, onde um senhor de 73 anos não tinha como ir sozinho, ainda mais na condição em que ele estava, doente”, contou o neto ao TNH1.
O Corpo de Bombeiros também foi chamado para ajudar na retirada do cadáver. “Não havia condições de ele ter morrido lá. O delegado nos informou que vai mudar a linha de investigação para ato criminoso”, completou.
Identificação
O corpo que pode ser de José Maria está na sede do IML, no Prado, onde deve passar por autópsia, na manhã deste domingo (31). A identificação pode ser realizada por meio da arcada dentária ou por DNA, já que não há pele nos dedos das mãos que possam ser usadas em um exame de necropapiloscopia (análise das digitais).
Enquanto aguarda a liberação, a família também cobra o rápido esclarecimento do crime, mas prefere não apontar qualquer suspeito para a morte do idoso. “Pedimos o apoio da Segurança Pública e da imprensa para que a gente possa identificar a causa da morte e quem foi que fez isso com ele”, apela o neto.
Com TNH1